Durante esta semana, o Piauí deverá registrar níveis de radiação solar extremos, com índice de Radiação Ultravioleta (IUV) máximo entre 12 e 14, considerado alarmante, conforme dados Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (Semar). Os índices são motivo de preocupação, já que representam risco para mais de 70% da população, que não faz uso de nenhuma proteção contra a exposição excessiva ao sol, o que pode causar de queimaduras e envelhecimento precoce até câncer de pele.
Conforme o comprimento de onda, os raios UV são classificados em raios UV-C, em raios UV-A (320-400nm) e em raios UV-B (280-320nm). Dados do Instituto nacional de Câncer (Inca) mostram que, em decorrência da destruição da camada de ozônio, os raios UV-B, que estão intrinsecamente relacionados ao surgimento do câncer de pele, têm aumentado progressivamente sua incidência sobre a terra.
Da mesma forma, tem ocorrido um aumento da incidência dos raios UV-C, que são, potencialmente, mais carcinogênicos do que os UVB. Já raios UV-A, que independem desta camada, causam câncer de pele em quem se expõe a eles em horários de alta incidência, continuamente e ao longo de muitos anos.
De forma simplificada, a demartologista Lorianne Soares explica que "os raios UVA são os que mais causam envelhecimento, pois a exposição, prolongada e frequente a eles, desgasta a pele. Já os UVB são que causam mais danos, como queimaduras, manchas e até câncer de pele. São esses os que mais devemos evitar".
A exposição ao sol durante o horário de pico, de 10h às 14h, é, portanto, considerado perigosa. Contudo, esse é período em um maior número de pessoas se expõe ao sol, quando muitos trabalhadores
deslocam-se doambiente de trabalho para almoçar em casa ou compromissos.
As pessoas que se expõem ao sol de forma prolongada e frequente, por atividades profissionais como venda de alimentos e panfletagem, ou de lazer, como crianças e adolescentes que brincam nas ruas, compõem o grupo de maior risco de contrair câncer de pele, principalmente as de pele clara. .
Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele é mais frequente no Brasil, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores diagnosticados em todas as regiões geográficas, sendo a radiação ultra-violeta natural, proveniente do sol, o seu maior agente etiológico. Para 2012, são estimados pelo Inca, 134.170 novos casos, sendo a maioria contraídos por mulheres (71.490).
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