Em Teresina, 11 pessoas foram mortas em outubro por rixas do tráfico
Em outubro, houve 52 assassinatos no Piauí. É o maior índice de homicídios dos últimos 14 meses. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi).
Desses 56 homicídios, 36 foram registrados apenas em Teresina. Do total, 37 foram praticados com armas de fogo, 11 com armas brancas e 6 com outros instrumentos. Houve crime que foi praticado com mais de um tipo de arma.
O presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro, aponta que o problema está na queda de investimentos em segurança pública. "Todos os meses quando divulgamos os dados desta pesquisa alertamos para a falta de investimentos. O Governo não contrata mais policiais através de concursos", afirmou.
Além disso, ele lembra que as delegacias contam com um reduzido número de agentes, que acumulam a função de carcereiro, porque os Distritos Policiais estão abrigando presos.
Cresce a violência na zona Sul de Teresina
A situação na zona Sul de Teresina, já considerada a mais violenta da cidade, se agravou em outubro. Sozinha, a zona Sul registrou quase o total de homicídios outras três zonas juntas. Foram 17, contra 9 na zona Leste, 7 na Norte e 3 na Sudeste.
Dos 36 homicídios ocorridos em Teresina, 11 decorreram de rixas entre quadrilhas pela hegemonia da venda de drogas. Mas, segundo Cristiano Ribeiro, nem sempre as vítimas são vendedores de drogas. "Muitos são viciados que pagam com a vida o fato de terem comprado a droga fiado e depois não terem recursos para pagar", ressaltou.
Quanto à ocupação das vítimas, a pesquisa mostra que quase um quinto delas são pessoas ligadas ao mundo do crime (assaltantes, traficantes e ex-presidiários). Em outubro, 11 das pessoas mortos se encaixam neste perfil.
Ao contrário de pesquisas anteriores, o município de Parnaíba, que registrou um homicídio, perdeu o posto de segundo mais violento. Desta vez, quem aparece na segunda posição é a cidade de Picos, com quatro assassinatos. E até um pequeno município da região de Picos, Padre Marcos, apresenta uma situação preocupante: foram dois homicídios no mês passado.
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