segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

13º salário vai injetar mais de R$ 1 bilhão na economia piauiense


Dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelam que o pagamento do 13º salário deve injetar mais de R$ 1 bilhão na economia piauiense. Segundo a economista, Verônica Paraguassu, o valor aquece o mercado, mas pode representar risco para quem não souber lidar com a renda.
Somente o governo do estado vai gastar R$ 191,8 milhões com o pagamento do 13º salário. O valor equivale a aproximadamente 99 mil contracheques. Na categoria Aposentados e Pensionistas, que engloba beneficiários do INSS e do regime próprio do estado, o total pago será de R$ 428,4 milhões.
Já os trabalhadores do mercado formal, assalariados dos setores público e privado e empregados domésticos com carteira assinada, receberão um montante de R$594,9 milhões.
Verônica Paraguassu explica que o dinheiro proveniente do 13º salário vai circular na economia piauiense na forma de contratações temporárias, crescimento do poder aquisitivo da população, bem como aumento no número da produção. "É uma renda que acarreta no crescimento da economia. Para muitas pessoas é uma oportunidade para novas aquisições e também pagamento de dívidas antigas", diz.
De acordo com a economista, no Piauí, se observa uma tendência do uso do 13º salário para a quitação de contas. E essa seria a conduta ideal, segundo ela. "Primeiramente é necessário fazer uma análise da natureza da dívida, se foi por conta do financiamento de uma grande aquisição, como a compra de um imóvel, ou se é porque a pessoa gastou mais do que a receita. Em seguida, a palavra-chave é negociar. Se você vai aproveitar a verba extra para quitar uma dívida, seja de qual natureza for, o indicado é verificar os encargos que estão sendo cobrados e procurar negociar um desconto", orienta Verônica Paraguassu.
A especialista também esclarece que mesmo após a quitação de uma dívida, os consumidores devem continuar tendo atenção com os gastos. "Nessa época do ano as pessoas tendem a ficar empolgadas com as compras. Então muitas vezes pagam o que estão devendo, mas acabam entrando novamente no limite da receita e consequentemente se endividando."
Com relação aos não endividados, a economista orienta que o dinheiro do 13º seja utilizado em compras a vista ou na economia para gastos futuros. "Se for comprar, o indicado é sempre procurar um desconto e pagar a vista. Além disso, os consumidores não podem esquecer que após o Natal e Ano Novo, vem o início do ano e como ele uma série de despesas pesadas, como material escolar, para aqueles que têm filhos, e o IPTU", alerta Paraguassu.

Fonte: G1 Piauí

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