O senador Wellington Dias, Líder do PT no Senado, comprou uma briga e tanto. Mas só para ele. Porque ninguém do Partido dos Trabalhadores, nem mesmo a presidenta Dilma Roussef topou a ideia do petista piauiense.
Em reunião com líderes da base aliada do Senado, com participação de Dilma Rousseff, na tarde desta segunda-feira, W.Dias defendeu que o Senado usasse sua competência constitucional para pedir o 'impeachment' do presidente do Supremo Tribunal Federal ministro Joaquim Barbosa. Ele quer explicações do STF sobre porque Joaquim determinou a prisão dos mensaleiros condenados ao regime semiaberto em regime fechado.
Quer exigir também do presidente do STF porque não atendeu aos pedidos de cumprimento das penas no local do domicílio dos condenados. Além disso, W.Dias não está dando tratamento adequado a quem precisa de atendimento médico, como o deputado federal José Genoíno (PT-SP). Na noite de segunda W.Dias chegou a enviar uma nota comunicando que o estado de saúde dele é delicado e que pode até morrer dentro da prisão.
O pedido de explicações seria um primeiro passo para um eventual processo por crime de responsabilidade e até impeachment, mas o líder petista não teve o aval nem da presidente Dilma nem dos demais líderes presentes. Dilma apenas manifestou preocupação com o estado de saúde de Genoíno. Segundo ela, o médico Roberto Kalil, que a atende, fez um relato da situação de Genoino, que seria dramática. Alertada pelo vice-presidente Michel Temer , Dilma, entretanto, disse que não podia se manifestar publicamente sobre uma decisão do Supremo, para não criar uma crise institucional. O fato é que W.Dias foi o escolhido do PT para 'peitar' Joaquim. Vale ressaltar: O senador piauiense tem um processo no STF. Pré-candidato a governador, ele é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal por atos relacionados à sua gestão à frente do governo do Piauí. No Inquérito 3.196, Wellington Dias é investigado por peculato em procedimento que apura o seu envolvimento em irregularidades na construção de um trecho do Metrô de Teresina. Já no Inquérito 3.363, responde por prevaricação e crimes contra a vida (homicídio) por causa do rompimento da barragem Algodões I, no município de Cocal, em 2009, que deixou nove mortos e 2 mil desabrigados.
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